Espetáculo para bebês retorna em nova temporada na
Casa de Cultura Mario Quintana maio/2023
A Cia Caixa do Elefante, em parceria com o pedagogo Paulo Fochi, apresenta o resultado de uma pesquisa, realizada nos últimos nove anos, acerca das possibilidades de performance artística para um público muito especial, bebês e crianças de 0 a 3 anos
Inspirado no universo da primeira infância, o espetáculo CUCO propõe um diálogo com a linguagem dos bebês, colocando-os como protagonistas e centro do processo de criação, mesmo quando na condição de espectadores junto a seus pais. Dirigida por Mário de Ballentti, a montagem tem Eduardo D’Avila e Gabriel Martins no elenco. A temporada acontece de 13 de maio a 09 de julho, às 15h e 17h, na sala Cecy Frank, 4° andar da Casa de Cultura Mario Quintana. Os ingressos podem ser adquiridos no site: www.entreatosdivulga.com.br
A poética do espetáculo é motivada por aquela que parece ser uma das primeiras experiências lúdicas e estéticas dos bebês, o jogo entre o “esconder e o revelar”, o cuco, um universo em que a surpresa do começo, da chegada, da primeira vez, transforma a manipulação de objetos do cotidiano em pequenas histórias. O formato arena da montagem possibilita um espaço de acolhimento, interação e descobertas entre os bebês e seus cuidadores. Ambos vivem uma experiência teatral única e inesquecível para toda vida. Esta produção foi contemplada com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, recebendo em 2015 quatro premiações do Troféu Tibicuera – teatro infantil ( melhor espetáculo, melhor produção, melhor cenografia e melhor direção ). Vale a pena conferir!
MONTAGEM
Preocupado em realizar um trabalho sério e sensível para o público infantil, Mário de Ballentti convidou profissionais envolvidos com a linguagem desta faixa etária.
Margarida Rache, responsável pela cenografia e adereços, é conhecida de longa data do diretor. “Fomos sócios de uma Escolinha de Arte em Rio Grande, há muitos anos, quando saíamos do curso de Arte Educação da FURG. Nossa experiência com atelier infantil acompanhava os ventos das Escolinhas de Arte do Brasil, movimento político e cultural muito importante para introdução das artes no currículo escolar”, relembra Ballentti.
A trilha sonora foi composta por Marcelo Delacroix e Beto Chedid, músicos e professores de música para criança. Nesta temporada, a iluminadora Nara Maia juntou-se a equipe para criação da iluminação acolhedora deste espaço de brincadeira.
Para compor o elenco desta nova temporada, o diretor contou com a parceria de dois profissionais dedicados ao público infantil: Eduardo d’Avila, ator Licenciando em Teatro pela UERGS com atuação no Grupo Experimental de Dança e atuando como professor na Educação Infantil e
Gabriel Martins, artista e educador formado pela Escola Nacional de Circo e licenciado em Educação Física pela
UFRGS, atua em diversas criações cênicas e audiovisuais para crianças. A assistência coreográfica contou com o trabalho de Fernanda Bertoncello Boff, Licenciada em Dança pela UFRGS e Pós-Graduada em Educação Infantil, idealizadora e coordenadora do projeto Pequenices: Arte e Educação.
Figura fundamental na concepção deste trabalho, o pedagogo Paulo Sérgio Fochi esteve presente desde o início do processo. “Sua larga experiência e conhecimento na pesquisa sobre bebês e crianças pequenas nos assegurou a realização de um trabalho sério e responsável”, coloca o diretor. “Ao estabelecer a relação entre estas duas áreas (arte e pedagogia), procurei ampliar e discutir o conceito do espetáculo que deseja ser feito, e por isso, compreender e refletir sobre crianças e infâncias diferentes daquelas que carregamos em nossa memória“, conclui.
O pedagogo observa que o bebê se faz público de um modo muito peculiar. “A partir do nosso ponto de vista, os bebês, desde que entram na cena humana, se comunicam, e isso ocorre a partir do olhar, dos gestos, dos balbucios, do choro e dos risos, assim como, do corpo todo que ressoa de diferentes formas, seja movido pelo medo, pela alegria, pela tristeza, pela curiosidade”, comenta. “Então, para tê-los por perto, descobriu-se a necessidade de aprender a fazer as narrativas também desta forma”, complementa Ballentti.
No espetáculo CUCO é proposta uma outra forma de experimentar o teatro, no qual seja permitida a experiência não só de observar, mas de manipular e atuar com os materiais antes assistido. “Portanto, a imagem de criança da qual nosso espetáculo procura dialogar é de uma criança capaz, que pode realizar escolhas, atuar e interagir com os outros e com o mundo, que opera num tempo diferente do tempo do adulto, que deseja descobrir e conhecer sobre o seu entorno. Nesse sentido, rechaçamos a ideia do estímulo, de precocizar a experiência das crianças, de antecipar ou ensinar sobre algo, de transmitir uma visão adulta para as elas”, explica Fochi.
O grupo é uníssono em reconhecer que fazer teatro para crianças envolve uma intensa qualidade de envolvimento humano e é, certamente, uma tentativa de superar as barreiras da idade e de estabelecer um contato consciente com um público único. “Os bebês não estão mergulhados nas convenções que em geral os adultos estão, e isso se revela na sua forma de ser público. Dificilmente aplaude ou ri, quando o protocolo pede, mas é capaz de surpreender com seu silêncio inesperado e improvisar demonstrações de afetos”, cita o pedagogo.
ESTUDO
A fim de ampliarem a pesquisa, Mário de Ballentti e Paulo Fochi viajaram até a Itália e a Espanha para assistirem aos espetáculos voltados para bebês e visitar as escolas de educação infantil de Barcelona e da Região Norte da Itália, referenciais na Europa.
Cia Caixa do Elefante
Nos últimos 30 anos, a Cia Caixa do Elefante vem dedicando-se a produção de espetáculos para crianças, sempre primando pela qualidade do texto, pela excelência na estética produzida e pela sofisticação das trilhas sonoras. Fruto disso, a Cia coleciona importantes prêmios no cenário gaúcho e brasileiro do Teatro Infantil, o espetáculo Cuco – A linguagem dos bebês (2015) recebeu quatro premiações no Troféu Tibicuera – teatro infantil ( melhor espetáculo, melhor produção, melhor cenografia e melhor direção.
Ficha técnica do espetáculo: Roteiro e direção: Mário de Ballentti Pesquisa e concepção pedagógica: Paulo Fochi Elenco: Eduardo d’Avila e Gabriel Martins Cenografia, Figurinos e objetos cênicos: Margarida Rache Assistência Coreográfica: Fernanda Bertoncello Boff Iluminação: Nara Maia Fotos de divulgação: Tom Peres Composição de Trilha sonora, arranjos, execução e programação de instrumentos: Marcelo Delacroix e Beto Chedid Vocais: Simone Rasslan Piano: Fernando Spillari Violão e bandolim: Veco Marques Violoncelo: Rodrigo Alquati Gravado nos estúdios da Central de Trilhas Gravações adicionais nos estúdios Marquise 51 e Tec Audio. Criação gráfica: Clo Barcelos Desenhos: Mário de Ballentti
Consultoria de gestão e produção: Maria Aparecida Herok Assessoria de Imprensa: Simone Lersch Mídia digital: Leonardo Silvestrin Assessoria e tradução para sessão em LIBRAS: Lucas Bourscheid Bilheteria: Letícia Flores Receptivo: Carmen Lima Assessoria Jurídica: Rafael Simon Bastos Assessoria Contábil: Maurício Guedes Produção: Mário de Ballentti Realização: Caixa do Elefante Centro Cultural de Projetos e Pesquisas Agradecimentos: Jane Schoninger, Renata Heinzelmann, Leonardo Silvestrin e Lucas Bourscheid
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Temporada do espetáculo teatral CUCO – A linguagem dos bebês no teatro / 2023
Direção: Mário de Ballentti
Elenco: Eduardo d’Avila e Gabriel Martins
Local: Casa de Cultura Mario Quinta, Sala Cecy Frank – Centro Histórico de Porto Alegre
Quando: De 06 de maio a 02 de julho (sábados e domingos) às 15h e 17h.
Quanto: Os ingressos antecipados no site: www.entreatosdivulga.com.br
Indicação etária: bebês e crianças pequenas (0-3 anos) acompanhados por adultos.
Duração do espetáculo: 50 minutos
Recursos: Área para estacionamento de carrinhos, bagagens e calçados - fraldário e banheiro próximo ao local.
Estacionamento conveniado: Quality Park – Rua dos Andradas, 659 ( 3h/R$ 20,00 )
Contato de produção: 51 999628262